- DEFINIÇÃO
Na solda por resistência, as peças a serem soldadas são pressionadas uma contra outra por meio de eletrodos consumíveis, por estes é passada uma alta corrente que ocasiona, segundo a Lei de Joule (Q = K R I2 t ), uma quantidade de calor proporcional ao tempo, resistência elétrica e intensidade de corrente, que deverá ser suficiente para permitir que a região de contato entre as peças a serem soldadas atinja o ponto de fusão.
Quase todas as espécies de aço são passíveis de serem soldados, como por exemplo: Metais leves, aço, zinco, cobre e bronze. Só se pode soldar entre si metais de natureza diferentes, quando suscetíveis a formar uma liga ou quando se introduz entre eles um material intermediário que pode ligar-se aos metais base.
- PRINCÍPIOS DE SOLDA
Para que possamos soldar uma peça com esse processo, é necessário verificarmos 3 fatores importantes: Aquecimento, tempo e pressão, e mantermos um equilíbrio entre eles.
– Aquecimento: É a temperatura a que deve se submeter as chapas a serem soldadas. Essa temperatura deve atingir 1300ºC no núcleo da solda para obter a fusão adequada, e não deve exceder a temperatura de 900ºC na superfície diretamente em contato com o eletrodo. Caso contrário, a estrutura granular do metal será enfraquecida. Para atingir essa temperatura deve haver uma resistência elevada, na superfície de contato entre as chapas a serem soldadas.
– Tempo: É o tempo necessário para a corrente fluir e fazer a solda. Se bem que o tempo durante o qual a corrente flui afeta o calor gerado, basicamente usamos o tempo para desenvolver o botão de solda requerido, a fim de obter a resistência mecânica necessária ao conjunto soldado. Quanto mais tempo a corrente fluir maior será o botão de solda, até o limite do diâmetro do eletrodo usado. O tamanho do botão de solda reduz-se rapidamente à medida que decrescer o tempo de solda.
– Pressão: É a compressão sofrida pelas chapas através dos eletrodos, e esta é de vital importância no controle de qualidade da solda, porque ela afeta a resistência na face de contato entre os materiais e como consequência o calor gerado.
- TIPOS DE SISTEMAS, DE SOLDAGEM POR RESISTÊNCIA
A soldagem por resistência representa mais uma modalidade da soldagem por pressão, na qual as peças a serem soldadas são ligadas entre si em estado pastoso (ou em parte fundidas) sob pressão, e sem material de adição suplementar.
Tais sistemas são:
- Soldagem por ponto
- Na soldagem ponto a ponto ou solda ponto, a corrente passa diretamente por um único botão de solda sendo formado. Não existe qualquer outro caminho que permita desvio ou criação de corrente parasita. Para efetuar uma boa solda é necessário que as peças façam um bom contato metal - metal. Todos os elementos (peças e eletrodos) devem ser concebidos de tal maneira que permitam a corrente de soldagem chegar ao ponto desejado pelo caminho mais curto.
- Soldagem por projeção
- A solda projeção é uma variação da solda por resistência, na qual o fluxo de corrente é concentrado nos pontos contato. Essas projeções são usadas para concentrar a geração no ponto de contato. Este processo, tem como características o uso de baixas correntes, baixas forças, e curtos tempos de solda. Ela é frequentemente usada nas mais difíceis aplicações de solda a resistência, porque um número de solda pode ser feito ao mesmo tempo no qual das altas velocidades de produção.
- Soldagem por costura
- Solda por costura é o processo no qual o calor gerado pela resistência do fluxo de corrente elétrica no metal é combinada com a pressão para produzir a costura soldada. A costura consiste numa série de pontos de solda.
Dois eletrodos circulares girando são usados para fornecer corrente, força e refrigeração para executar a solda.
- Soldagem topo a topo
- Na solda topo ou soldagem topo a topo, as duas superfícies de contato devem ter a mesma área, para tornar possível, em toda a seção, a mesma densidade de corrente e o mesmo aquecimento. Neste tipo de solda, faz-se distinção entre dois gêneros de execução: Topo a topo por resistência e por faiscamento.
- VANTAGENS DA SOLDA POR RESISTÊNCIA
- Utilização do equipamento.
- Maior fluxo na condutibilidade elétrica.
- Vida mais longa boa resistência ao trabalho a elevadas temperaturas e pressão.
- Não deforma o material obtendo maior rendimento.
- Maior economia de material
- Maior resistência a ruptura
- Manutenção mais barata
Uniões soldadas pelo processo de solda por resistência, oferecem maior resistência a vibrações mecânicas. Como exemplo podemos citar a montagem da carroçaria de um automóvel, onde, se usássemos elementos de fixação, estes precisariam ser reapertados periodicamente. Quando a solda por resistência é executada corretamente, não há necessidade de acabamento final na união soldada, pois, este processo não produz escória, nem respingo.
Fonte: BRACARENSE, Alexandre Queiroz. Processo de Soldagem por Resistência. Disponível em http://asmtreinamentos.com.br/downloads/soldador/arquivo95.pdf. Acesso em: 10 de maio de 2021.
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